terça-feira, 16 de abril de 2013

Era uma vez que não viveram felizes para sempre

   Esse post é para falar de um fim. O fim de uma relação de amor e de cumplicidade que há dois anos eu cultivava na minha vida. O fim de uma história que foi o começo da minha entrada "de cabeça" no mundo profissional do artesanato. O fim da minha loja virtual no Elo7.
   Minha lojinha do Elo7 fez dois anos no dia 14 de abril. Lembro que descobri essa plataforma numa matéria de revista. Na mesma noite, entrei no site, li tudo, busquei informações adicionais. Acreditando na seriedade do site e que poderia dar certo, de cara fiz minha loja pró. Cadastrei um único produto. Fui dormir.
   Na manhã do dia seguinte, as visualizações daquele meu gaveteiro de bijuterias já passava de 30 e até alguns pedidos de informações eu já estava recebendo. Fiquei doidamente feliz. De fato, aquilo podia dar certo. Reuni fotos de mais produtos. Fui cadastrando. Fiz cartãozinho de visita com o endereço da minha loja. E comecei a receber pedidos, a acompanhar o desempenho. As visualizações crescendo. Algumas vendas surgindo. Resumo: virei fã do Elo7 e fiel divulgadora.
   Eis que alguns meses atrás esse conto de fadas começou a ruir. Sei lá porque cargas d'águao elo 7 resolveu nos tirar a opção de trabalhar com o Pagseguro e instalou um tal de Moip (que até então eu jamais tinha ouvido falar). O que tem de errado nisso? É que a porcentagem cobrada por venda (inclusive sobre o valor do frete) passava a ser de 12%. Isso mesmo, 12% de comissão por venda. Fiz as contas, simulei vendas, anotei, fiz as contas de novo. Não... realmente não dá. Ou repassava o valor para os produtos ou não dava. Pois bem. Não aderi ao Moip. Mas ainda havia uma luz no fim do túnel. Afinal, com as negociações de venda por e-mail, continuei a oferecer a opção de pagamento pelo pagseguro para meus clientes. E assim, segui feliz, sem sentir no bolso a tal mudança do Elo7.
   Acontece que o Elo7 gostou da idéia de mudar as regras do jodo ao seu bel prazer. Sem nem uma, umazinha sequer, pesquisa de opinião entre os lojistas, que somos, de fato, a estrutura que faz o Elo7 ser o que é. E desde ontem (15/04) entrou em vigor os novos termos de uso do site. É tanto absurdo junto que quando tomei conhecimento dos termos pela primeira vez custei a acreditar que aquilo podia ser verdade. Mas era.
   Em resumo (para falar dos maiores abusurdos), a partir de ontem é extremamente proibido (sobre o risco de ser banido do site) divulgar qualquer informação de contato da nossa loja fora do elo7. Ou seja, na minha loja virtual não pode haver mais telefone, e-mail e nem endereços da loja física, do blog ou do ateliê nas redes sociais. Isso tudo para proibir que as vendas iniciadas dentro do Elo7 sejam terminadas fora dali (feito fazia dando a opção do pagseguro). Mas a gente já paga uma anuidade para manter a loja. Eles já não faziam nada de graça não... Para mim, é como existir pela metade. Montar uma loja, publicar as fotos e colocar preço, qualquer um faz. Mas saber que aquela loja existe em outras formas, no facebook, num blog como esse, ou até mesmo por um telefone "de verdade" dá mais credibilidade e passa mais confiança ao comprador. Ou estou errada?
   Outro absurdo é que todas as mensagens trocadas com o cliente agora serão monitoradas pelo site. Justamente para coibir a prática de oferecer ao cliente outras opções de pagamento. Privacidade zero, certo? E se não bastasse isso, também a partir de 2 de julho, eles também passarão a cobrar a comissão de 12% para os pagamentos feitos por depósito em conta. O que eu deduzi disso tudo? Que agora o Elo7 tá nem aí mais para valorizar, estimular e blábláblá o trabalho dos artesãos. Agora eles querem e só pensam e só visam $$$$$$$$$. Ou estou errada [2]?
   Então é o seguinte. Por enquanto a minha loja continua lá. Mas já vou estudando formas alternativas e em breve farei como muuuuuuuuuuitos artesãos já estão fazendo. Fecharei as portas do Ateliê Trançando Arte no Elo7.
   Não tem aquela história de "não quer brincar, não desce para o play"? Pois vou juntar minha trouxinha e ir embora. Perde o Elo7. Não por mim, que sozinha não sou nada mesmo. Mas por todos que já estão fazendo o mesmo. Lojas antigas, lojas que começaram com o Elo7.
   Foi bom enquanto durou! :) Mas amores são assim... até a gente encontrar o certo e pra vida toda, a gente tem que passar (e aprender) com os errados.

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   Para ler um relato menos dramático e mais racional, clica aqui. A Regina do Ateliê Papier disse tudo.

Um comentário:

  1. Que situação desagradável!! Antes de mudar eles podiam ter feito uma "enquete" com os clientes. Perderam! Torcendo para você arrumar uma solução rápida!

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